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Seja seu próprio VAR

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Caro/a leitor/a, uma discussão que acompanha o futebol de longa data é a atuação da arbitragem. Quando eu era repórter esportivo, vivenciei em campo muitos erros de arbitragem que fizeram pontos, troféus e ricas premiações trocarem de lado! E ficava uma pergunta no ar: “Quando os dirigentes farão algo para tentar eliminar tais injustiças?”
                    

Pois… demorou, mas aconteceu! Na tentativa de reparar erros dos “donos do apito”, foi criado o VAR, sigla que em inglês significa Video Assistant Referee, ou seja, Árbitro Assistente de Vídeo. O VAR é representado por um conjunto de monitores com imagens de várias câmeras, colocados numa sala isolada, onde os assistentes de vídeo assistem as jogadas por vários ângulos e, caso a análise deles não venha de encontro com a marcação do árbitro, o mesmo é avisado por recurso eletrônico, para que reveja o lance igualmente de vários ângulos num televisor colocado no campo, e que confirme ou não a marcação do lance; vale registrar que no futebol o VAR só se aplica em determinadas regras. 

E assim, pênaltis e impedimentos marcados, gols comemorados e evitados, são revistos e têm decisões opostas. Mesmo com o VAR, às veze ainda existe uma ou outra marcação polemica, mas não há como negar que os erros cometidos pela arbitragem foram muito reduzidos e o futebol fico mais justo!

No início, claro que os torcedores, mais apaixonados do que racionais, se irritavam ou se sentiam agradavelmente surpreendidos com as inversões das marcações. Mas o que podemos constatar depois de um tempo de adaptação à novidade, é que esses sentimentos foram substituídos pelo de justiça! Ou seja, se o árbitro marcou pênalti e o VAR mostrou que não foi, é justo que se anule; se o árbitro deu gol, mas o jogador estava impedido, é justo que se anule; se o árbitro não percebeu, mas o VAR detectou um lance faltoso na área, é justo que se marque pênalti… e assim por diante!
                     

Isso mostra que todos nós temos muito bem definidos os conceitos sobre o certo, o errado e o justo! Nessa conversa com você, acredito que o assunto do VAR mereça ser estendido e que avancemos além do tema do futebol. Na nossa vida profissional e pessoal, por mais que busquemos agir dentro dos nossos limites pautados pela ética e moral, em algumas situações podemos nos ver em posição conflituosa. Digamos que, hipoteticamente, marcamos alguns “gols impedidos”, “fazemos falta no adversário antes de chutarmos a bola para dentro do gol”, “evitamos que o adversário marque o gol cometendo falta ou colocando a mão na bola”…

E como reparar isso? Agindo como árbitro que recorre ao VAR e, em caso de erro, voltar atrás na marcação! Seja o seu próprio VAR! Repare erros quando você está equivocado e também seja recompensado quando se sentir injustiçado! Seja seu próprio VAR! Use o seu apito e não tenha receio de retroceder ou de lutar pelos seus direitos na busca de fazer o que é certo e justo!

Elias Awad
Escritor, Biógrafo e Palestrante
[email protected]
www.youtube.com/eliasawad

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