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Princípios das organizações ágeis e flexíveis

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Com grandes mudanças, como o Covid-19, afetando as áreas internas e externas de uma organização, responder rapidamente passa a ser uma condição vital para a sobrevivência de empresas em mercados competitivos.

As organizações que conseguiram implantar com sucesso a jornada ágil experimentaram e incorporaram nas suas rotinas e, principalmente, no modo de agir e pensar, as mais efetivas ferramentas de inovação e melhoria de processos:

Lean management: Em um movimento lógico, as empresas devem inicialmente revisar a forma como tudo é feito em vez de sair implementando transformações digitais sem sentido. Quando a implementação de ferramentais digitais ocorre sem planejamento, a tendência é de simplesmente se acelerar a propagação de erros e de custos atrelados a esses desenvolvimentos.

Design thinking: Instrumento para lidar com problemas complexos, permitindo ao participante se colocar no lugar do cliente e apresentar seu ponto de vista, explorar as diversas possibilidades de causas e fatores limitantes, redefinir o problema de forma clara e precisa e assim, partir para a exploração das possíveis soluções e construção de protótipos e implementação;

Scrum: Uma metodologia de gestão de projetos que permite a entrega rápida de alta qualidade e o alinhamento entre as necessidades dos clientes e os objetivos da empresa. Promove um processo disciplinado que incentiva a adaptações frequentes conforme a iteração com usuários, uma filosofia de liderança que incentiva o trabalho em equipe, a auto-organização e a responsabilidade;

OKR: uma ferramenta que avalia o desempenho dos colaboradores em períodos mais curtos de tempo: com maior frequência, medição mais precisa e alinhamento em diversos níveis, permite que todos olhem na mesma direção. Provoca a mudança cultural de entrega para resultados e realizações, criando maior envolvimento dos colaboradores.

Qualquer organização pode se tornar ágil, mas precisa ter clareza sobre o motivo pelo qual deseja se tornar ágil, para que os pilares iniciais possam ser estabelecidos e definir como e quando.

É muito natural que as startups e as grandes organizações que nasceram como uma startup sejam ágeis, porque a necessidade de criar uma empresa, para desenvolver um novo produto ou serviço, com pouco investimento as obriga a agir de forma rápida para responder aos feedbacks de clientes e usuários.

Já as organizações estabelecidas, geralmente fundadas por meio de um processo tradicional de gestão, com ciclos anuais de planejamento, tem o grande desafio de transformar a sua forma de agir para um ciclo mais rápido e alinhado à alta velocidade dos estímulos dos concorrentes e clientes. O espaço para empresas que mantenham uma forma tradicional e lenta de gestão e execução está diminuindo de maneira muito mais rápida do que se esperava a 5 anos.

Cada organização deve desenhar o seu próprio modelo de agilidade para se adequar a seu conjunto exclusivo de forças internas. Agilidade é a capacidade de uma organização de sentir mudanças ambientais e responder de forma eficiente e efetiva para essa mudança. Porém, alguns pontos são comuns:

1. Propósito alinhado e divulgado por toda a empresa: reconhecer a enorme quantidade de oportunidades e recursos disponíveis e conseguir co-criar valor com e para todos os nossos stakeholders (clientes, acionistas, colaboradores, sociedade, governo)
2. Rede de equipes capacitadas: ao invés dos colaboradores precisarem ser direcionados e gerenciados para saberem o que precisam fazer, numa organização as pessoas são altamente engajadas, com responsabilidades e autoridade claras, cuidam umas das outras como num time, descobrem soluções inovadoras e produzem resultados excepcionais.
3. Decisão rápida e ciclos de aprendizagem: vivemos em um ambiente em constante evolução e não podemos saber exatamente o que o futuro nos reserva. A melhor maneira de minimizar riscos e ter sucesso é encarar a incerteza e ser o mais rápido e produtivo na tentativa de criar novas coisas.
4. Modelo de pessoas dinâmicas que estimulam o engajamento: um dos novos papéis dos líderes é capacitar sua equipe a assumirem o protagonismo, ter confiança de que levarão a organização a cumprir seu propósito e visão.
5. Tecnologia de última geração: a tecnologia é perfeitamente integrada e essencial para todos os aspectos da organização, como um meio para gerar valor e possibilitar reações rápidas às necessidades das empresas e das partes interessadas.

Roberto Mosquera – Especialista em Organizações Ágeis, Mestre em Planejamento Estratégico Colaborativo, consultor e facilitador de workshops e treinamentos

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