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NOW! Week – O mundo agora (parte 3)

por:

Caroline Verre

Caroline Verre

No terceiro e último dia da Now! Week, o CEO da HSM, Reynaldo Gama, deu início às aguardadas apresentações que ocorreram em estúdio e de maneira remota, com speakers falando direto dos Estados Unidos. Ricardo Vandré ficou responsável pela mediação dessas palestras, começando pelo CEO do Grupo Kronberg, Carlos Aldan.

“Inteligência emocional como power skill”, com Carlos Aldan
Membro do conselho consultivo da Harvard Business Review, EUA. Aldan é antropólogo, sociólogo e cientista político, com carreira executiva no Brasil e no exterior em organizações como Bunge & Born, J&J e World Trade Center SP. Atualmente está à frente da empresa especialista em desenvolvimento de líderes e profissionais da linha de frente, assessment e coaching Grupo Kronberg.

Para a apresentação, o CEO da Kronberg ilustrou o mindset formulado pela empresa dos 3 p’s a serem evitados:
Personalização: não personalize a crise, se integre ao todo da humanidade que está enfrentando a mesma realidade. Ao personalizarmos nos isolamos e isso causa danos à saúde mental
Permanência: não dê um caráter de permanência à crise. Nada é permanente, nem mesmo a vida. Precisamos nos lembrar que esse momento que estamos vivendo, por pior que seja, é impermanente.
Pervasividade: não acredite que um evento afeta todas as áreas da sua vida, esse transbordamento pode e deve ser evitado.

Segundo Aldan, nosso cérebro pensa de forma linear e local, mas vivemos uma realidade exponencial e global; e isso nos traz inúmeros transtornos mentais e emocionais. “Já vínhamos experimentando na fase pré-pandemia um índice de 70% de casos de síndrome de burnout em ambientes de trabalho. O coronavírus impulsionou o questionamento do status quo e a reflexão sobre um futuro em que todos sejamos agentes de transformação através de nossas próprias vidas“, afirma.

Abundância em tempos de incerteza, com Peter Diamandis
O fundador e presidente da X Prize Foundation, o co-fundador da Singularity University e co-autor de The New York Times best-sellers “Abundância: O Futuro É Melhor do Que Você Pensa”, Peter Diamandis iniciou sua apresentação lembrando que nossos sistemas educacionais foram criados em uma realidade completamente diferente da que temos hoje.

“Do ensino infantil ao ensino superior, possuímos um modelo criado para uma sociedade de 100 anos atrás. Naquela época, a expectativa de vida era de cerca de 40 anos. Você se formava aos 22 anos e sua educação durava por 18 anos, até você morrer. Hoje, o mundo se move em uma velocidade cada vez maior, então não podemos continuar educando as pessoas dessa maneira tradicional. A aprendizagem, inclusive, já não pode acabar na conclusão da universidade; deve ser uma busca por toda a vida“, afirma.

De acordo com Diamandis, foi por essa razão que a Singularity University foi construída. “Os indivíduos precisam determinar de que maneira continuarão a se educarem. Que tipos de ativos utilizarão para esse fim? Temos a SingularityU Brazil, a HSM e diversos outros programas de educação corporativa tornando isso possível“.

Em relação aos seus hábitos durante o período de pandemia, Diamandis revelou estar focado na questão da longevidade e em como ganhar anos com uma boa qualidade de vida. “Venho estado concentrado em me alimentar melhor, fazer exercícios, dormir bem e sair com pessoas que tenham o mesmo tipo de mentalidade que eu. É muito importante você avaliar quem são as pessoas com quem você tem conversado. Se forem pessoas com um ponto de vista muito negativo, isso te influenciará a ver as coisas de uma forma negativa. Estar com pessoas que tragam ideias novas interfere diretamente na qualidade e quantidade de informações que você consome.

Ainda no que se refere à influência das informações que nos cercam, o CEO da X Prize Foundation diz não permitir que a mídia molde ou interfira em seus pensamentos. “Sei o que preciso e gasto meu tempo focando em buscar elementos que sirvam de suporte aos meus objetivos. Tudo em nossas vidas se resume ao que permitimos que entre em nossos cérebros, o tipo de conteúdos que consumimos. Esse é um dos aspectos mais importantes para nos atentarmos”, afirma

Da escassez à prosperidade: como a inovação pode impulsionar economias emergentes”, por Efosa Ojomo
Atuando na interseção entre inovação e desenvolvimento econômico, Efosa Ojomo dedica-se a fazer com que as empresas criem prosperidade e aliviem a pobreza. Também utiliza a inovação disruptiva para que nações tracem seus próprios caminhos de crescimento.

Juntamente com Clayton Christensen, da Harvard Business School, e Karen Dillon, ex-editora da Harvard Business Review, Ojomo escreveu o livro “The Prosperity Paradox”, que oferece soluções inovadoras para impulsionar mercados emergentes de forma sustentável, verdadeira e duradoura.

Segundo o pesquisador do Instituto Clayton Christensen de Inovação Disruptiva, o primeiro tipo de inovação praticada globalmente é a inovação de mercado. Ou seja, práticas que tornam produtos complicados e complexos em simples e acessíveis, para que mais pessoas possam comprá-los. O segundo tipo de inovação é a inovação sustentável, aquela que faz bons produtos se tornarem ainda melhores – você cria um mercado e, posteriormente, promove melhorias. O terceiro e último tipo, seria a inovação de eficiência, aquela que te permite fazer mais com menos – a terceirização é o melhor exemplo para esse tipo de inovação.

Nada disso é ruim, mas precisamos entender o impacto dessas práticas em nossas sociedades. As inovações que criam mercados são as que geram maior impacto. E as empresas mais bem-sucedidas no mundo, hoje, são aquelas que conseguiram democratizar o acesso a determinados produtos e serviços“, explica.

As novas ordens de poder no tabuleiro mundial, com Henry Timms
Henry Timms é coautor do best-seller internacional “New Power”, descrito por David Brooks, do The New York Times, como a melhor janela para esse novo mundo que já viu.

Professor convidado da Escola de Governo Kennedy de Harvard e pesquisador visitante da Stanford University, Timms é também presidente e CEO do Lincoln Center, um dos centros mais criativos da atualidade.

Em sua apresentação, Timms discorre sobre a inviabilidade de se construir uma comunidade em cima de fatos apenas.

“Não fazemos julgamento sobre new power e old power. No entanto, se confiarmos apenas no old power, baseado em credenciais, palavras de especialistas e linguagem técnica, há riscos. Pegando a vacina do COVID-19 de exemplo, os chamados anti-vax são muito bem adaptados à estrutura do novo poder – não possuem uma sede e, ainda assim, são um movimento organizado em que qualquer um pode se envolver. Todos temos o papel de compartilhar informações positivas sobre a vacina para influenciarmos nossas comunidades“, explica.

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