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Como a pandemia colocou em xeque o ensino superior dos EUA

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Não há dúvidas que o coronavírus nos fez rever algumas questões e no sistema educacional não poderia ser diferente. O ensino superior da maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos, por exemplo, já estava em crise há algum tempo, quando o financiamento estatal passou a cair e os custos com as universidades passaram a ser direcionados às famílias. Para se ter uma ideia, o custo total de uma instituição no país saltou de US$ 53 mil, em 1989, para US$ 105 mil em 2016, enquanto os salários médios das famílias não tiveram grandes aumentos, passando de US$ 54 mil para US$ 59 mil no mesmo período.

Com a crescente diferença entre os custos e os benefícios, os empréstimos estudantis se tornaram um dos maiores componentes da dívida não habitacional para os americanos. Esta realidade, que já arrastava nos últimos anos, somada à necessidade do isolamento social por conta da pandemia, acarretou um grande boom de novas opções para a educação mundo a fora. Cursos livres e profissionalizantes, dos mais variados assuntos, como Masterclass, Udemy, Domestika, por exemplo, têm ganhado cada vez mais força não só nos EUA, mas em diversos países.

Por isso, gostaria de aproveitar este espaço para “profetizar” algumas tendências para apostarmos no setor educacional e sobre como serão os próximos anos para o ensino superior, o aprendizado corporativo e a mobilidade profissional nos Estados Unidos, referência em economia, tecnologia e um dos maiores polos do segmento no mundo.

Uma delas é a ascensão da experiência. Isso porque, à medida que as universidades estão se desmembrando e mais estudantes ficando online, o ecossistema de startups tem fornecido uma experiência social robusta e com curadoria para os universitários, preenchendo as lacunas deixadas pelo sistema educacional tradicional.

Além disso, também temos uma janela aberta para o desenvolvimento de plataformas verdadeiramente híbridas e focadas no aprendizado digital, mas flexíveis o suficiente para suportar as necessidades off-line do Learning Management System (LMS) – ou Sistema de Gestão de Aprendizagem. Algo para se ficar de olho, também, são as funcionalidades incorporadas de exercício e classificação, módulos mais curtos e atraentes para prender a atenção do público e vídeos previamente gravados.

Outro ramo que tem ganhado cada vez mais visibilidade é o da gamificação. Esse recurso, utilizado não apenas nos Estados Unidos, tem como propósito estimular e engajar os estudantes por meio de elementos de jogos. Essa mecânica tem sido cada vez mais interessante e buscada pela população, justamente por proporcionar uma experiência de ensino mais lúdica e simples.

Também é possível que profissões voltadas à plataformas tecnológicas, como consultores, mentores e provedores de serviços de Recursos Humanos, ganhem destaque nos próximos anos e que empresas de outplacement – ou de recolocação no mercado –, voltem à tona, justamente para preencher as lacunas que a pandemia e os altos custos para se profissionalizar têm causado.

Por mais que este artigo tenha se baseado no berço econômico do mundo, acredito que estas novidades não se restrinjam aos EUA. Basta um estalo para as modas e tendências americanas caírem nas graças do resto do mundo e ganharem rapidamente novos adeptos. Por isso, fique esperto, pois o futuro está logo aí!

Samir Iásbeck é CEO e Fundador do Qranio, plataforma mobile de aprendizagem que usa a gamificação para estimular os usuários a se envolverem com conteúdos educacionais em todos os momentos

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