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A síndrome do floco de neve nas organizações

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Você já ouviu falar na geração floco de neve? Este é um termo usado, em geral, de forma pejorativa, para classificar os jovens nascidos após o ano 2000. É-lhes dado essa denominação pelo estilo de criação e de visão de mundo e de si mesmo que eles têm construído e promovido.

Estilo esse pautado na ideia de que eles seriam especiais e singulares, isto é, como flocos de neves, que por um lado, são únicos e por outro são frágeis. Certo, mas qual a relação desta “tendência” juvenil contemporânea com as organizações? O primeiro, e mais simples ponto, é que essa geração, em pouco tempo ingressará nas fileiras e nos postos de trabalho das empresas. O segundo e mais profundo é que há um tipo de visão empreendedora que está nascendo com esta mesma característica, a saber, organizações flocos de neve.

O que é, afinal, a síndrome do floco de neve nas organizações? São aquelas empresas, principalmente startups, que acreditam que por terem uma ideia interessante vão se tornar únicas e especiais no mercado. Traduzindo: uma empresa em fase embrionária que nasce pesando que se tornará líder de mercado simplesmente porque a sua ideia é a mais legal.

Tal postura poderia representar, sob o ponto de vista de um olhar estrangeiro ou sênior nas dinâmicas do mercado uma ingenuidade, mas é o que mais se vê nas Startups. Na minha experiência a frente de instituições de ensino, principalmente a frente de projetos de inovação, o que tenho notado é que todas as vezes que um conjunto de jovens vêm ao meu escritório com uma ideia de Startup para ser incubada o que noto é brilho nos olhos, empolgação e uma inocente ideia de floco de neve. As duas primeiras (brilho nos olhos e empolgação) são fundamentais, já a última, letal.

Ao olharmos as estatísticas notamos que a taxa de letalidade das pequenas empresas no primeiro ano é muito grande, mas qual é uma possível razão para isso? Um possível resposta é: a não consideração das condições necessárias para empreender.

Desta forma sugiro alguns cuidados necessários para quem deseja empreender sem se tornar um floco de neve.

  1. Entenda que por melhor e mais brilhante que seja a sua ideia ela, para se tornar um negócio empreendedor, precisa de tempo, dedicação e amadurecimento. Lembre-se: Roma não foi feita em um dia.
  2. Não pense que porque você tem um bom sonho isto significa que haverá uma boa realidade. É preciso cria-la.
  3. Desenvolva e promova redes com pessoas que possam lhe ajudar. No começo as coisas tendem a ser mais difíceis.
  4. Não desanime frente as primeiras dificuldades e resistências. Muito mais do que velocidade é preciso constância.

Gillianno Mazzetto é filósofo, Ph.D em Psicologia e co-founder da Eipsi

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