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O fim do sistema financeiro – as we know it

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lbrito

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[vc_row][vc_column][vc_column_text]Já ouviu falar de blockchain? Talvez bitcoin seja mais familiar? Bem, blockchain é apenas um dos novos termos que em breve devem entrar no vocabulário cotidiano da área de finanças – tanto empresariais como pessoais. Segundo a Wikipedia, trata-se de “um banco de dados sequencial de transações encontrado em moedas criptografadas que surgiram a partir do bitcoin”. Ou seja, um termo ligado às novas moedas digitais (bitcoin é a primeira delas) que estão surgindo com força cada vez maior.

A ascensão dessas moedas está diretamente ligada a um forte movimento de startups na área financeira, que estão pondo em cheque a capacidade de adaptação dos grandes bancos e que deve provocar grandes revoluções nos próximos anos.

Conectividade em tempo real, celular e Internet das coisas vão se combinar para tornar a facilidade de solicitação de serviços e de pagamentos do Uber, por exemplo, uma parte rotineira de nossas vidas também na área financeira. É o que afirma o especialista Chris Skinner em seu livro Value Web, segundo a resenha publicada no site da revista Forbes pelo analista da área de finanças e tecnologia Tom Groenfeldt.

Os bancos, explica Groenfeldt, estão diante de um desafio batizado com outro neologismo: fintech, termo que mescla finanças e tecnologia, e define as startups que estão criando aplicativos financeiros de meios de pagamento como a carteira digital, de serviços financeiros e outras novidades. A área atraiu US$ 15 bilhões em investimentos em 2015, segundo o artigo.

Para o autor do livro, porém, o termo fintech já está com os dias contados, e será substituído pela Internet do Valor, justamente o título de seu livro. Pois para que a promessa da Internet das Coisas se confirme, as transações financeiras terão de ser feitas por essa nova rede financeira – afinal, se sua geladeira vai saber o que está faltando e fará o pedido ao supermercado e se sua TV vai garantir a compra do pacote do próximo Campeonato Brasileiro com antecedência, então o processamento dos pagamentos precisa ser igualmente ágil, seguro e sem burocracia, certo?

Mas como ficam os bancos e, principalmente, o sistema financeiro diante disso, se a regulamentação pelos governos também serve para controlar a política financeira e a estabilidade econômica? A resposta não é simples, nem única. Groenfeldt afirma em seu artigo que o autor do livro aponta as dificuldades e os perigos da nova realidade de transações financeiras de uma forma às vezes contraditória – o que reflete a dificuldade que essa nova realidade pode impor ao sistema já estabelecido.

Os bancos, por sua vez, já começam a se preparar para essa realidade. No fim de 2015, a revista Época Negócios afirmava que havia 1.406 fintechs no mundo, trabalhando de forma enxuta, baseada em tecnologia de ponta e pela Internet. E que os dois maiores bancos brasileiros já estavam acompanhando a tendência de perto.

Segundo a matéria (leia na íntegra), uma das mais valiosas iniciativas é o Lending Club, considerado o Uber dos empréstimos. O aplicativo conecta pessoas físicas que querem emprestar dinheiro a pessoas físicas que querem recebê-lo. Em seu IPO (oferta pública de ações), realizado em 2014, o Lending Club captou US$ 800 milhões, ficando na 15a posição entre 835 instituições financeiras norte-americanas.

Essas novas modalidades de interação financeira estão seduzindo a geração Millennial, que está sempre atrás de menos burocracia e interferência. Para agradá-los, os Golias de sempre terão de enfrentar não só um, mas uma série de Davis, espalhados por todo o mundo. Leves, rápidos e cheios de energia, eles prometem realmente chacoalhar um negócio construído ao longo de séculos.

Como os governos reagirão, é uma outra questão. Mas os bancos sabem que não conseguirão manter sua exclusividade por muito tempo.

Nota do Editor: O mestre das finanças e da avaliação corporativa Aswath Damodaran está à frente da Master Class que acontece nos dias 13 e 14 de junho em São Paulo. Damodaran é professor na Stern School of Business, da New York University. Saiba mais sobre o evento: clique aqui.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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